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    Programa de Pesquisa Translacional com Nanotecnologia - Fio-Nano

    Notícias e eventos 1º Encontro do Fio-Nano




    O Programa de Pesquisa Translacional em Nanotecnologia - Fio-Nano - (Portaria 19/08/2014) -  é composto por quinze grupos de pesquisa para Rede (Linhas de Pesquisa). 

    A Nanotecnologia, reconhecida como o estudo de manipulação da matéria numa escala atômica e molecular, vem causando uma revolução tecnológica no mundo. 

    As inúmeras potencialidades de produtos e serviços que podem ser desenvolvidos por meio da escala nanométrica têm alertado pesquisadores a respeito das relações entre a saúde e os nanomateriais, além das implicações que esse campo pode trazer para o meio ambiente e a sociedade.

    Atualmente, nanomateriais são encontrados em diversos campos: industriais, de serviços ou manufaturas, com aplicações úteis nas indústrias cosmética e de alimentos, biotecnologia, medicina, engenharia, energia, entre outros.

    Em virtude de seu tamanho, os nanomateriais possuem propriedades únicas, mas ainda pouco estudadas quanto às características dos produtos feitos ou dos processos de fabricação envolvidos, além dos tipos de materiais usados e dos resíduos tóxicos utilizados na fabricação desses produtos, por exemplo.

    A pesquisa Nanotecnologias aplicadas aos alimentos e aos biocombustíveis: reconhecendo os elementos essenciais para o desenvolvimento de indicadores de risco e de marcos regulatórios que resguardam a saúde e o ambiente integra a Rede Nacional NanoBiotec-Brasil da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que proveu recursos para o seu desenvolvimento.

     

    Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas:

    Dr. Rodrigo Correa Oliveira – Vice-Presidente

    Dr. Wim Degrave – Coordenador dos Programas Translacionais

    Ana Paula Cavalcanti – Gerencia Executiva dos Programas de Pesquisa Translacional

    Flavia Rianelli - Comunicação dos Programas de Pesquisa Translacional

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    Nanotecnologia na Saúde

     Em 1959, quando o físico Richard Feynman considerou a fabricação de dispositivos pela manipulação de átomos ou moléculas em escala nanométrica, estavam lançadas as bases da nanotecnologia. O prefixo nano, derivado da palavra grega para anão”, significa um bilionésimo da unidade e os materiais na nanoescala (1-100 nm) apresentam propriedades únicas: maior resistência, leveza, precisão, pureza e reatividade. Consequentemente, é possível modificar o arranjo molecular, adequando a síntese dos materiais pretendidos à utilização desejada.


    Neste sentido, a nanotecnologia representa um campo científico multidisciplinar que tem avançado rapidamente nos últimos anos, encontrando aplicações em diversas áreas, desde setores de energia e eletrônica até agricultura e saúde. Neste último campo, as aplicações mais importantes estão inseridas em três áreas: (1) desenvolvimento de implantes, próteses e biocurativos a partir de biomateriais nanoestruturados; (2) desenvolvimento de plataformas de diagnóstico ultra-rápido e sensível através de nanosensores; e (3) desenvolvimento de sistemas de liberação controlada de fármacos e biomoléculas, visando aperfeiçoar a eficácia de fármacos, antígenos vacinais e outras moléculas de interesse biomédico.


    Estes sistemas devem incluir nanomateriais biocompatíveis e preferencialmente biodegradáveis, para os quais estudos toxicológicos são requeridos para elucidar seu perfil de segurança, considerando as perspectivas de uso clínico. Os principais sistemas nanoestruturados de uso biomédico incluem nanopartículas poliméricas, lipídicas e metálicas, lipossomas, ciclodextrinas, dendrímeros, hidrogéis, scaffolfds, dentre outros.


    Particularmente, quando aplicados à liberação controlada de fármacos, estes sistemas apresentam várias vantagens em relação aos sistemas convencionais: a) permitem maior controle sobre a liberação do princípio ativo, minimizando possíveis efeitos adversos e evitando concentrações sub-terapêuticas; (b) reduzem o teor do princípio ativo, diminuindo os custos e o grau de toxicidade; (c) melhor aceitação pelo paciente, permitindo maior aderência ao tratamento; (d) direcionam o princípio ativo ao seu alvo específico.


    Nas últimas duas décadas, houve um avanço considerável no potencial translacional de medicamentos, biomateriais e dispositivos diagnósticos de base nanotecnológica, com centenas destes nanoprodutos já comercializados atualmente. As perspectivas são promissoras e estudos de mercado indicam que o setor nanotecnológico direcionado ao desenvolvimento de produtos para saúde humana crescerá 12% no período 2014-2019, alcançando US$ 8,5 bilhões em 2019, de acordo com a consultoria internacional RnR Market Research.