Geral
Programa de Pesquisa Translacional em Câncer – Fio-Câncer
O Programa de Pesquisa Translacional - Fio-Câncer - (Portaria de 20/12/2019) - é composto por trinta e nove grupos de pesquisa da Rede - (Linhas de Pesquisa) - sendo uma das onze redes de pesquisa translacionais da VPPCB/Fiocruz, que tem como meta promover a articulação de grupos de pesquisa nas áreas biomédica, clínica, desenvolvimento tecnológico e saúde coletiva em torno de um determinado problema de saúde pública. Apesar de não ser um tema tradicional na Fiocruz, o Fio-Câncer recebeu a adesão imediata de 39 grupos de pesquisa interessados em colaborar com a rede.
A finalidade de cada Programa Translacional é de desenvolver ferramentas para o controle de uma ou mais doenças importantes no cenário epidemiológico do Brasil, e para isto integra cientistas na área biológica/biomédica, de pesquisa clínica e de referência, de saúde coletiva, e de desenvolvimento e produção de insumos para a Saúde.
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Diretrizes da Rede Fio-Câncer
Estima-se que no Brasil temos cerca de 600 mil novos casos de câncer/ano, e a perspectiva é que este número aumente, chegando a 38% dos indivíduos no ano 2020.
Reconhecendo as neoplasias como um problema de saúde pública crescente no Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz promoveu a formação da Rede Fio-Câncer em 2015, cujo objetivo central é viabilizar a geração/produção de conhecimento, medicamentos, terapias e kits diagnósticos/prognósticos para o câncer visando disponibilizar estas ferramentas para o S.U.S.
A Rede Fio-Câncer conta com aproximadamente 40 grupos de pesquisa com profissionais em áreas de atuação que vão desde a pesquisa básica à epidemiologia, buscando integrar as diferentes áreas de conhecimento para atingir seus objetivos por transferência de tecnologia, geração de novas informações/tecnologia ou esforços orquestrados para abordar problemas pontuais. Os estudos translacionais contarão com a parceria das instituições assistenciais em oncologia a partir de convênios bilaterais, como os já existentes com o INCA e a UFRJ.
Além de gerar conhecimento e insumos relacionados à oncologia, a Rede Fio-Câncer se propõe a subsidiar as iniciativas de formação de recursos humanos para pesquisa básica, translacional, aplicada clínica, tendo um efeito multiplicador na formação de especialistas que atendam aos objetivos descritos e, portanto, à população.
As iniciativas da Rede Fio-Câncer estão alinhadas com as diretrizes da Presidência da Fiocruz em termos de políticas de saúde, estratégias de geração de conhecimento, capacitação de recursos humanos e captação de recurso para custeio da Rede, que serão captados visando à estruturação e manutenção da Rede.
Para atingir nossos objetivos, estão em andamento as seguintes atividades:
• Mapeamento as atividades em câncer na FIOCRUZ
• Estruturação das atividades em câncer em torno de objetivos estratégicos
• Estruturação de núcleos de atividades
• Busca de financiamento para a rede em parceria público-privada e agências de fomento governamentais
• Estruturação de cursos e disciplinas para pós-graduação, strictu e lato senso
Coordenação da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas VPPCB - Fiocruz:
Dr. Rodrigo Correa Oliveira – Vice-Presidente
Dr. Wim Degrave – Coordenador dos Programas de Pesquisa Translacionais – PPT”s
Coordenação Geral do Fio-Câncer:
Adriana Bonomo - IOC
Aline Oliveira – BioManguinhos
Fabio Passetti – ICC
Martin Bonamino - IOC
Patrícia Neves – BioManguinhos
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A doença/ Agentes causadores A busca de explicações para o aparecimento do câncer tem envolvido cada vez mais investimento em pesquisa nas áreas médica, biológica, epidemiológica, social. A partir de estudos sobre a distribuição dos tipos de câncer nas populações e os fatores de risco, foram identificados padrões diferenciados entre países e em cada país. Esta compreensão, entretanto, não é suficiente para que se entenda o motivo pelo qual certos indivíduos adoecem ou tenham risco maior de adoecer do que outros. Hoje se reconhece que o aparecimento do câncer está diretamente vinculado a uma multiplicidade de causas, suficientes para constituírem uma causa necessária. Não há dúvida de que em vários tipos de câncer a susceptibilidade genética tem papel importante, mas é a interação entre esta susceptibilidade e os fatores ou as condições resultantes do modo de vida e do ambiente que determina o risco do adoecimento por câncer.