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II Simpósio do Programa de Pesquisa Translacional em Câncer - Fio-Câncer - Dias 06 e 07/06/17

 
 
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II Simpósio do Programa de Pesquisa Translacional em Câncer - Fio-Câncer - Dias 06 e 07/06/17
por PPT VPPCB - terça, 8 Ago 2017, 10:59
 



A Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas - VPPCB promoveu, nos dias 06 e 07/06/17, o II Simpósio do Programa de Pesquisa Translacional em Câncer - Fio-Câncer, no auditório térreo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - ENSP -  Campus Manguinhos - Rio de Janeiro.

 

O evento teve como principais objetivos a revisão das ações da Rede no ano de 2016 e a realização de um encontro, na forma de workshop, para a discussão, consolidação e elaboração de projetos estruturantes que serão encaminhados institucionalmente para captação de recursos.

Na abertura do Simpósio, o Vice-Presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Rodrigo de Oliveira, ressaltou o trabalho desenvolvido pela coordenação do Fio-Câncer, parabenizando a equipe e afirmando que este encontro teria o papel de aprofundar muito mais a interação entre os pesquisadores e as pesquisas na área. Aproveitou para esclarecer que a Fiocruz tem trabalhado com a integração de todas as vice-presidências, de tal maneira que as pesquisas não fiquem vinculadas apenas à Vice-Presidência de Pesquisa, mas que haja sinergia com as outras Vice-Presidências, otimizando não só recursos, mas também o papel da pesquisa para o futuro da instituição e do país. Sugeriu à Coordenação do Fio-Câncer que ao pensar nos projetos, a mesma já insira as outras vice-presidências no contexto institucional. “Importante criar parcerias entre o setor público-privado para mapear a demanda futura, aproximando assim o setor público do privado”, finalizou o Vice-Presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz -  Rodrigo de Oliveira.

 

O Coordenador dos Programas Translacionais e Assessor de Pesquisa da VPPCB - Wim Degrave saudou os pesquisadores de diferentes Unidades da Fiocruz presentes, informando que este encontro foi o primeiro do ano de uma das redes translacionais do Programa.

 

Esclareceu que os Programas de Pesquisa Translacionais pretendem contribuir para realização das metas da Fiocruz, produzindo impacto na sociedade com as pesquisas, tanto na área biomédica, quanto em pesquisa social, saúde coletiva e etc.

 

Falou ainda sobre o objetivo da estruturação das redes translacionais que é o de juntar pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento da Fiocruz. Para o mesmo, a Rede Câncer se mostrou bastante numerosa, sendo uma surpresa agradável e interessante, pois muitos grupos de pesquisa de outras áreas começaram a trabalhar pelo menos em parte com projetos relacionados com câncer.

 

”É interessante ver como a capacidade de pesquisa da Fiocruz consegue se reorientar, num espaço razoavelmente curto de tempo, sem recursos adequados. O planejamento original era que em 2016, conseguíssemos fomentar tanto as transações da rede, quanto o desenvolvimento de produtos e soluções em projetos bem específicos. Em 2016 ficamos realmente sem orçamento, mas tudo indica que este ano a gente consiga disparar as ações necessárias, tendo todo um pacote de discussões sobre financiamento e de como vamos buscar recursos de outras fontes, no nível nacional e talvez também internacional. ”

 

Finalizou falando sobre a equipe que compõe a Coordenação da Rede Fio-Câncer, esclarecendo que o conjunto de conhecimentos facilita a coordenação das diferentes ações da rede. “Temos bastantes assuntos interessantes na reunião. É importante todos se engajarem na discussão, contribuindo para chegar no final da reunião com propostas, delineamento e foco para ir adiante”.

 

Disse ainda que será lançado um edital para os grupos que já fazem parte das redes, pedindo aos participantes que corrigissem seus dados ou os atualizassem, a fim de dar oportunidade a mais grupos de pesquisas da Fiocruz se integrarem as redes translacionais.

 

Adriana Bonomo - Coordenadora da Rede Fio-Câncer - expôs sobre as ações previstas em Educação e a ideia de ter um ensino assistencial e acadêmico. Sobre o ensino acadêmico, inicialmente foi pensado apresentar um cardápio de disciplinas que são oferecidas na Fiocruz, que cobririam a educação ou a formação mínima do profissional que desejasse se qualificar para fazer pesquisa e trabalhar em oncologia. Dentro disso, a Fiocruz completaria as disciplinas faltantes, estruturando novas disciplinas ou acordos com INCA e outras instituições para que estas disciplinas fossem completadas.

 

A Coordenadora da Rede Fio-Câncer explicou a proposta de ter uma classe especial para este cardápio. “Os alunos que cumprissem este cardápio básico de disciplinas, receberiam o título da pós-graduação por onde ele ingressou e receberia uma qualificação em oncologia de alguma forma. Diante disso, seria interessante oferecer alguns cursos que valorizassem o que a Fiocruz tem e que poderia dar um diferencial a instituição. ” 

 

O Coordenador do Fio-Câncer – Martin Bonamino falou sobre a grande quantidade de projetos submetidos no evento e fez uma retrospectiva do ano de 2016 da Rede Fio-Câncer. “É um momento que podemos ver o que as pessoas estão fazendo e o segmento do esforço que foi feito no ano passado, mapeando e entendendo quais são as competências. Ficou muito claro em 2016 que o esforço que a gente tinha era para organizar a rede e continuar mantendo-a, buscando recursos para tal. O principal motivo por não estimularmos a rede no segundo semestre foi a questão da restrição orçamentária, o que acabou nos direcionando para buscar alternativas de viabilidade econômica e dar um salto agora em 2017. ”

 

Falou ainda sobre a estruturação da rede e seus objetivos iniciais tais como: mapear as atividades em Câncer na FIOCRUZ, estruturar as atividades em câncer em torno de objetivos estratégicos, estruturar núcleos de atividades, identificar e implementar ações complementares com parceiros estratégicos, estabelecer financiamento para a rede e formação de pessoal. Expôs também as ações estratégicas, o mapeamento, as parcerias e o financiamento da Rede Fio-Câncer.  Finalizou sua fala informando que um edital interno será lançado nos próximos dias.

 

Luis Donadio – Coordenador do Escritório de Captação de Recursos da Fiocruz - área ligada a Vice de Gestão e Desenvolvimento Institucional abriu sua apresentação falando sobre o objetivo do Escritório de Captação de Recursos que é o de construir parcerias de projetos da Fiocruz, como potenciais financiadores. Fez um histórico desde o surgimento do Escritório de Captação em 2007, a trajetória e o perfil de captação. “Atualmente há cerca 45 tipos de projetos, diferentes, captados ao longo de 6 anos. Esse ano a gente tem a perspectiva de R$ 14.000.000,00 de recursos captados. O cenário é de crescimento para oncologia, finalizou Donadio. ”

 

Em seguida expôs sobre o PRONON, cuja finalidade é captar e canalizar recursos para a prevenção e o combate ao câncer. Esclareceu que o Programa foi implantado pelo Ministério da Saúde em 2012, inspirado na Lei Rouanet, que permite o direcionamento de parte do imposto de renda devido, seja de pessoa jurídica ou de pessoa física, num montante de 1% de renda devido, para uma iniciativa devidamente chancelada pelo Ministério da Saúde, através da Lei de Incentivo -  PRONON. Essa lei é direcionada para associações, fundações privadas sem fins lucrativos que atuem no campo da oncologia.

 

Donadio também falou sobre áreas/ serviços a serem apoiados com recursos captados por meio do PRONON e PRONAS/PCD: Prestação de Serviços Médicos-assistenciais, Formação, treinamento e aperfeiçoamento de recursos humanos e Realização de pesquisas clinicas, epidemiológicas e experimentais.

 

O Coordenador do Escritório de Captação de Recursos da Fiocruz - Luis Donadio – finalizou sua apresentação fazendo uma projeção para o ano de 2018, acreditando haver um bom potencial para aumento no patamar de captação de recursos. Para o mesmo, o desafio maior deste evento seria consolidar o conjunto de propostas existentes e definir um processo que seja chancelado institucionalmente para que, a cada ano, já se tenha um fluxo operacional bem estabelecido. “Já estamos bem próximos do que o Ministério da Saúde tem colocado que vai ser a nova abertura de submissão de propostas”.

 

O segundo momento do Simpósio consistiu em um workshop com a apresentação de 33 pré-projetos, em fase de estruturação ou já em andamento. Estabeleceu-se também a oportunidade de um espaço para identificação de afinidades, complementariedades e sobreposições de ações em fase de estruturação entre os projetos.

Os projetos que atenderem aos pré-requisitos e receberem indicação de prioridade serão encaminhados, de forma Institucional, através do Fio-Câncer, para os programas de fomento que forem mais compatíveis com a natureza do projeto.

Para acompanhar o desenvolvimento dos projetos e a agenda com as próximas atividades do Programa de Pesquisa Translacional em Câncer -  Fio-Câncer, acesse o site do Fio-Câncer.