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VPPLR promove 1º Encontro do Programa de Pesquisa Translacional em Nanotecnologia

 
 
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VPPLR promove 1º Encontro do Programa de Pesquisa Translacional em Nanotecnologia
por PPT VPPCB - sexta, 4 Nov 2016, 16:39
 

Por: Flavia Rianelli e Vinícius Ameixa (VPPLR)

Com a participação maciça dos pesquisadores da Fundação que atuam na área da Nanotecnologia e tendo como proposta principal a estruturação de uma rede envolvendo todos os grupos de pesquisa com projetos nesta temática, bem como Plataformas Tecnológicas com infraestrutura e tecnologia nano, foi realizado na última terça-feira (25/10/16), no auditório do Pavilhão Leônidas Deane (IOC/Fiocruz) no campus de Manguinhos, Rio de Janeiro, a 1ª Reunião de Estruturação do Programa de Pesquisa Translacional em Nanotecnologia, Fio-Nano. Estavam presentes 52  membros de 5 grupos de pesquisa já cadastrados para participar da Rede, pertencentes a 9 Unidades da Fiocruz.

Abrindo o encontro, o Vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli, destacou o objetivo de restabelecer, repactuar e trabalhar o planejamento estratégico a fim de que o Programa possa ter uma sistematização ao longo dos anos. Diante do cenário orçamentário que passa a Fundação, destacou sua preocupação com o cenário atual, apontando para a necessidade de atuação dos grupos de pesquisa de forma integrada e estratégica. “Como missão temos que mostrar que é a ciência e a tecnologia que fazem o desenvolvimento sustentável do nosso país” finalizou Stabeli.

Assessor da Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPPLR) e coordenador dos Programas de Pesquisa Translacionais, Wim Degrave falou sobre estes Programas, esclarecendo o foco nos agravos importantes para a Saúde Pública, com a participação de grupos de pesquisa biomédica, clínica e saúde coletiva, e com suporte das Plataformas Tecnológicas Fiocruz.  Ressaltou que, como missão para a área de nanotecnologia, o mapeamento da capacidade institucional existente é fundamental, verificando a necessidade de infraestrutura, insumos, serviços e soluções, e onde a nanotecnologia poderá contribuir, tanto para a geração do conhecimento na saúde pública, quanto para o desenvolvimento de produtos. Informou ainda que será lançado nas próximas semanas, mais um edital de adesão de grupos de pesquisa registrados no CNPq ao Programa, a fim de conseguir, até o final do ano, a captação do restante dos grupos com atividades ou interesses na Fio-nano, concluindo assim o mapa institucional.

Helvécio Vinicius Rocha, de Farmanguinhos, abordou questões sobre a nanotecnologia na Fiocruz. Afirmou ser uma área com bastante interfaces, por ser a área mais transversal, e com diálogo intenso com a rede.  Apresentou as estratégias de curto prazo e os objetivos da Rede Fio-Nano, destacando a geração de novos conhecimentos na área de saúde, o desenvolvimento tecnológico e inovação, capacitando o país para competitividade em nível mundial, formação de recursos humanos, capacitando gestores, pesquisadores e corpo técnico envolvidos no cenário da nanotecnologia aplicada à saúde, e buscando interação e sinergia entre laboratórios de pesquisa e o setor produtivo e os programas de saúde do Brasil.

Finalizou expondo que “a Fiocruz já é uma Instituição líder mundial na área da saúde em vários segmentos. Temos campo para entrar na nanotecnologia, mas ainda temos muitos passos a percorrer”.

Em seguida, houve espaço para que os pesquisadores da Fiocruz ligados à área da nanotecnologia apresentassem seus projetos e atividades em andamento nos diversos grupos de pesquisa da instituição.  

 “Na área de diagnóstico, é muito importante colocar que o conceito da nanotecnologia está muito associado a dispositivos que conjuguem nanopartículas e nanosensores com microfluídica. A ideia que se tem nesse segmento é que num futuro muito próximo nós vamos ter dispositivos miniaturizados que vão ser capazes de fazer quase todos os exames que hoje a gente faz no laboratório de análises clínicas”. – Marco Krieger – ICC/FIOCRUZ

“Nós acreditamos que a obtenção de produtos nanotecnológicos pode trazer benefícios para a sociedade, benefícios esses que são produtos estratégicos com custo acessível, ampliação das ações de saúde pública, ampliação do acesso a vacinas, biofármacos e diagnósticos e capacitação tecnológica em C&T e inovação em saúde”. – Ana Paula Ano Bom - Biomanguinhos/FIOCRUZ

O pesquisador Marco Aurélio Martins do IOC/ Fiocruz abordou os estudos celulares, bioquímicos e moleculares do processo inflamatório, mecanismos fisiopatológicos e perspectivas terapêuticas nas respostas inflamatórias, local e sistêmica. Finalizou dizendo acreditar que a Rede se desenvolverá, mas para isso, seria necessário um laboratório multiusuário de nanoformulação.

À tarde, Bruno Dalllagiovanna do Laboratório de Biologia Básica e Célula Tronco do ICC/ Fiocruz Paraná e Leonardo Calderon – Fiocruz Rondônia expuseram suas experiências relacionadas ao desenvolvimento e estudo de modelos para avaliação de fármacos, biofármacos, vacinas, terapias celulares e estudos de controle de qualidade. Já a Isabela Delgado do INCQS/ Fiocruz enfatizou o trabalho do INCQS para contribuir com este tema, apresentando o desenvolvimento de tecnologias de produção, controle de qualidade, avaliação pré-clínica e clínica.

Por fim, William Weissmann da ENSP/Fiocruz falou sobre a toxicologia e saúde, avaliação de contaminantes, poluentes e resíduos, e seus impactos sobre a saúde da população.

No encerramento, foi realizada a discussão dos planos e das propostas levantadas pelos pesquisadores no encontro, a fim de que fossem dados os direcionamentos necessários para a estruturação da rede Fio-Nano.