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1º Encontro do Programa de Pesquisa Translacional em Biologia Sintética - Fio-BioSin

 
 
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1º Encontro do Programa de Pesquisa Translacional em Biologia Sintética - Fio-BioSin
por PPT VPPCB - sexta, 14 Out 2016, 14:22
 

Por César Guerra Chevrand (AFN) e Vinicius Ameixa (VPPLR)                             

A Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPPLR) promoveu no dia 06/10/16, o 1º Encontro do Programa de Pesquisa Translacional em Biologia Sintética -  Fio-BioSin, realizado no auditório Emanuel Dias do Pavilhão Arthur Neiva - Campus de Manguinhos - Rio de Janeiro. 

O evento teve como pauta o mapeamento das capacidades, infraestruturas e ferramentas presentes nos diversos grupos ativos em projetos envolvendo biologia sintética na Fundação Oswaldo Cruz, e a estruturação da cooperação entre os grupos, em projetos estruturantes, de desenvolvimento de novas tecnologias, e principalmente em projetos de desenvolvimento de insumos e produtos.

Na abertura do encontro, o Vice-Presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli, apresentou as principais diretrizes do Plano Institucional de Indução em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PCTIS) da Fundação e destacou os esforços para fomentar a pesquisa nos últimos anos, mesmo em um grave cenário de “desfinanciamento da Saúde”. De acordo com Stabeli, o trabalho em redes cooperativas e colaborativas proposto pelos programas translacionais pode maximizar os resultados em determinadas temáticas.

“Hoje o nosso desafio é produzir ciência de qualidade, apesar da conjuntura política e econômica do país. A nossa missão enquanto Fiocruz é aplicar a ciência e tecnologia em prol da qualidade de vida da sociedade brasileira e da melhoria do SUS.  Esse é o objetivo central do PCTIS”, afirmou Rodrigo Stabeli.

Os Programas de Pesquisa Translacionais (PPTs) da Fundação Oswaldo Cruz têm como finalidade o desenvolvimento de ferramentas para o controle de um ou mais agravos importantes no cenário epidemiológico do Brasil, além de fortalecer a capacidade tecnológica na fronteira do conhecimento. Atualmente a Fiocruz mantém 11 Programas de Pesquisa Translacionais (PPTs), nas áreas de doença de Chagas; leishmaniose; esquistossomose; doenças emergentes; tuberculose; doenças neurológicas; câncer; doenças do metabolismo; redes ômicas e computação científica; nanotecnologia; e biologia sintética.

O Assessor de Pesquisa da VPPLR, Wim Degrave saudou os pesquisadores de diferentes unidades da Fiocruz presentes no evento de inauguração da rede Fio-BioSin e descreveu o panorama atual da pesquisa em biologia sintética e as prioridades para o cenário atual da Fiocruz. Segundo Degrave, o objetivo da rede é integrar os grupos de pesquisa relacionadas ao tema. Área relativamente nova na ciência brasileira, a biologia sintética hoje é utilizada na Fiocruz para a otimização e produção de antígenos para diagnósticos, construção de anticorpos sintéticos, vacinas e biofármacos, entre outros.

“Estamos formando a rede para mapear a capacidade institucional existente dentro da Fiocruz, identificar as nossas lacunas e reais necessidades e principalmente se comunicar melhor entre si. O compartilhamento de tecnologias é crucial para o desenvolvimento de novos produtos” explicou Wim Degrave.

 

Grupos de Pesquisa Fio-BioSin

 

Durante o encontro foram apresentados os projetos e atividades de pesquisa que contemplam a rede Fio-BioSin com a discussão e debate entre os pesquisadores que formam cada grupo de pesquisa.

Os pesquisadores do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhões (CPqAm/Fiocruz), Laura Gil e Rafael Dhalia, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Ada Alves e, do Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR/Fiocruz), Alexandre Machado, apresentaram o andamento das pesquisas com enfoque na construção de vacinas recombinantes para arbovírus e influenza, utilizando técnicas de genética reversa viral e baseadas em DNA. Com enfoque na construção de antígenos, anticorpos e engenharia de proteínas, os pesquisadores do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz), Nilson Zanchin e da Fiocruz Ceará, Marcos Lourenzoni e Gilvan Furtado, abordaram os processos de produção de antígenos e anticorpos recombinantes para kits de diagnósticos. Fechando a manhã, Josiane Cardoso do ICC/Fiocruz e Aline Moreira do IOC/Fiocruz, apresentaram o desenvolvimento da pesquisa para diagnóstico e novas terapias utilizando a construção e screening de aptâmeros e, Ana Carolina Guimarães e Alexander Fernandes, ambos pesquisadores do IOC/Fiocruz, mostraram o desenvolvimento de suas pesquisas com estudos estruturais e de vias metabólicas.

O principal tema abordado no segundo momento do encontro, foi: Biofármacos, que abordou a utilização da enzima L-asparaginase desde a padronização da expressão e purificação, demonstração da atividade, até o início dos testes em linhagens celulares e toxidades, pelos pesquisadores Wim Degrave e Nilson Zanchin (VPPLR/Fiocruz e ICC/Fiocruz) e Leila de Mendonça Lima e Erica Carvalho e Jonas Perales do IOC e FAR/Fiocruz. Em seguida, Marcos Freire de BioManguinhos/Fiocruz e Érica Carvalho e Katia Menezes de Farmanguinhos, falaram sobre as demandas das respectivas unidades para viabilidade de pesquisas em Biologia Sintética.

Fechando o encontro, depois da apresentação sobre o sistema de “chassi”, abordagem feita pela pesquisadora Leila Lima e Wim Degrave, durante a discussão em grupo, o tema foi sobre engenharia metabólica e INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) de biosintético junto a propostas para o desenvolvimento de um plano de ação para os projetos estruturantes e insumos estratégicos, infraestruturas e parcerias para cooperação internacional.

Para acompanhar o desenvolvimento dos projetos e a agenda com as próximas atividades do Programa de Pesquisa Translacional em Biologia sintética Fio-BioSin, acesse: http://ppt.vppcb.fiocruz.br/course/Fio-Biosin